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Soja em Chicago tem mais um dia de estabilidade nesta 4ª feira à espera do novo USDA

10, Out de 2018
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Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago trabalham com leves baixas no pregão desta quarta-feira (10). Ainda à espera dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que serão divulgados amanhã, as cotações testam leves baixas de pouco mais de 2 pontos entre os principais vencimentos na manhã de hoje.

Assim, por volta de 7h50 (horário de Brasília), o contrato novembro/18 tinha US$ 8,60 por bushel, enquanto o maio/19, referência para a nova safra brasileira, era cotado a US$ 9,00.

Ainda assim, apesar do foco maior estar sobre o novo boletim do USDA, o mercado, segundo explicam analistas de mercado da consultoria internacional Allendale, Inc., também seguem no radar outros fatores a serem observados pelos traders.

"O relatório é o que mais chama a atenção agora, mas a chegada de um furacão aos EUA - que já castigou parte da Flórida - um ritmo mais lento do que o esperado para a colheita e mais chuvas chegando ao Meio-Oeste dos EUA também estão sendo considerados pelo mercado neste momento", diz o reporte da consultoria.

Os números do boletim semanal da acompanhamento de safras do USDA divulgado no final da tarde de ontem mostrou 32% da área de soja colhidos, contra 23% da semana anterior, 34% do ano passado e 36% de média dos últimos cinco anos. A expectativa do mercado, porém, era de 39% para a oleaginosa.

"A ARC já alerta que apesar de atrasos, não deveremos observar perdas significantes para a produção da soja, em nível nacional. O milho já entra em uma situação mais delicada, onde problemas de excesso hídrico acentua os danos por doenças de final de ciclo", explicam os analistas de mercado da AgResource Mercosul (ARC).

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Soja: Prêmios batem nos US$ 3 no Brasil nesta 3ª feira com queda do dólar e na Bolsa de Chicago

O mercado da soja começou o dia operando com estabilidade na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (9), mas foi intensificando suas baixas para terminar o dia em campo negativo. As baixas entre os principais contratos foram de pouco mais de 5 pontos.

Dessa forma, o vencimento novembro/18 ficou em US$ 8,63 por bushel, sendo este ainda o mais negociado neste momento, enquanto o maio/17, que é referência para a nova safra do Brasil, encerrou o dia com US$ 9,02.

Segundo explicam analistas internacionais, o mercado sente a pressão do aumento de produção nos EUA que poderia vir no novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira (11).

"Qualquer volume que seja adicionado na safra americana será adicionado também aos estoques e isso pressiona o mercado, que já está precificando o que pode vir nesse boletim", diz o analista de mercado Carlos Cogo, da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica.

E dessa forma, a pressão sobre as cotações em Chicago deve persistir até que os novos números sejam divulgados.

Além disso, pressionam também os preços as exportações norte-americanas ainda limitadas pela falta da China por conta da taxação de 25% sobre o produto dos EUA, ainda segundo o executivo, e isso segue no radar dos traders.

Nesta terça, os números dos embarques de soja dos EUA, também informados pelo USDA, ficaram dentro das expectativas do mercado.

Na semana encerrada em 4 de outubro, os Estados Unidos embarcaram 569,776 mil toneladas de soja, enquanto o mercado esperava algo entre 490 mil e 900 mil toneladas. Com um total dentro do esperado, o volume acumulado na temporada é de 3.540,940 milhões de toneladas, contra mais de 5,4 milhões do ano passado, nesse mesmo período.

Além disso, os mapas climáticos para os Estados Unidos já começam a mostrar certa trégua nos próximos 8 a 14 dias e, se confirmando essas condições, os trabalhos de campo poderiam retomar seu ritmo e voltar a pressionar as cotações.

Preços no Brasil

Os preços da soja no Brasil continuaram recuando nesta terça-feira na medida em que não só o dólar voltou a cair de forma expressiva - cerca de 1,5% somente nesta sessão - mas com as cotações perdendo força também na Bolsa de Chicago.

Somente em Paranaguá, a soja disponível perdeu 5,26% nesta terça-feira, fechando o dia com R$ 90,00 por saca, enquanor a safra nova foi a R$ 82,00, com baixa de 3,53%. Em Rio Grande, queda de 1,09% no disponível e de 1,08% para novembro, com preços de R$ 90,50 e R$ 92,00 por saca, respectivamente.

Ainda segundo Cogo, esse é "o pior momento para os preços e o produtor deve esperar para voltar ao mercado e voltar a vender". Como explica o consultor, essa combinação de dólar e Chicago em queda ainda deve durar por uns dias e o que continua a sustentar os preços para o produtor brasileiro são os prêmios.

"Os prêmios têm tido uma escalada quase que ininterrupta. Para ser ter uma ideia, nesta terça houve oferta com até US$ 3,00 por bushel de prêmio já que no spot não tem mais nada de soja e o comprador tenta originar aqui no Brasil, tenta fazer com que seja atraente para o vendedor brasileiro", explica.

E não é só no disponível que os prêmios estão fortalecidos, mas para a soja da safra nova também. "O que se esperava de prêmios mais baixos para maid adiante pode não se confirmar", diz Cogo, mostrando que já há uma sinalização de que a oferta da nova temporada brasileira também será ajustada e disputada. Para essa soja, os prêmios chegam a bater em US$ 1,30 e mais nos meses entre março e maio.

Com uma nova baixa, o dólar fechou o pregão desta terça cotado a R$ 3,7107, perdendo 1,47%. Ainda animado com o resultado do primeiro turno das eleições no Brasil, a divisa deu continuidade ao movimento de queda iniciado nesta segunda (8).

"O otimismo doméstico está se sobrepondo ao exterior. É muito recente o resultado de domingo", disse o operador da H.Commcor Corretora Cleber Alessie Machado à agência de notícias Reuters, acrescentando que o fato de o dólar ter fechado longe das mínimas na véspera favoreceu o movimento nesta sessão.

Fonte: Portal do Agronegócio