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Evento em Anaurilândia discutiu processos para implantação da irrigação

30, Jun de 2017
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“Meu primeiro pivô” contou com cinco palestras técnicas e mostrou sistema em funcionamento a produtores

  Cerca de 100 pessoas participaram no último dia 28 de junho da segunda edição do evento “Meu Primeiro Pivô” em Mato Grosso do Sul, dessa vez, realizado no município de Anaurilândia. O encontro, organizado pela Copasul e pela Valley, foi realizado na Fazenda Quiterói, dos cooperados Eduardo Ricardo e Lígia Franciscon Ricardo, que são clientes Valley/Copasul para irrigação. O objetivo foi fomentar a discussão entre produtores e técnicos, esclarecer futuros irrigantes sobre os processos que interferem na implantação do sistema de irrigação, como licenças ambientais, financiamentos e tecnologias do sistema, sendo que essa edição também abordou os benefícios da irrigação em pastagens, já que a pecuária é um dos fortes da região.

  Na programação estavam 5 palestras técnicas sobre linhas de crédito, projetos de irrigação, outorga de uso da água e licenciamento ambiental. Além disso, o engenheiro agrônomo Fábio Antonio Cagnin Filho, da Cooperideal, falou sobre manejo e resultados da utilização da irrigação em pastagens. De acordo com Fábio, a irrigação na pecuária de corte ainda é algo que pode se expandir muito e que auxilia em ganho para o pecuarista. “A irrigação na pecuária não é algo tão novo só que é pouco implantada, pela dificuldade de se encontrar técnicos de campo que tenham conhecimento e condição de implantar isso para o pecuarista. O principal benefício para o pecuarista de corte é que ele vai produzir um capim de alta qualidade o ano todo, independente de qual época do ano vai ter seca, ou seja, dá muita proteção ao pecuarista. Mas o produtor tem que querer e estar preparado para intensificar, principalmente com controle, administração, bom planejamento e é muito importante a assistência técnica ou consultoria técnica capacitada para isso”, explicou Fábio.

Outro ponto que ainda gera muitas dúvidas para o produtor é quanto às licenças ambientais. “O processo de outorga no Mato Grosso do Sul é feito totalmente online. Queremos enfatizar que o proprietário rural acompanhe o técnico que está fazendo o pedido de outorga, para saber o andamento e verificar pendências. Para isso, é essencial o acompanhamento de um técnico capacitado para o projeto”, disse Elisabeth Arndt, fiscal do IMASUL (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

  As palestras auxiliam na troca de experiências e no esclarecimentos de dúvidas.”O que nos levou a buscar a irrigação foram dois fatores fundamentais, sendo a necessidade de aumento de produção por área/hectare e a parte climática da nossa região, que são veranicos em épocas cruciais, como plantio e granação do grão e isso afeta a produtividade da região. Mesmo com correção e solo, se não chover não conseguimos bons resultados. O evento aqui foi muito importante, estamos no começo do projeto e isso nos prepara para os passos seguintes, é uma troca de informação muito válida”, disse José Eduardo Pereira Lima Filho, Gerente Fazenda Segredo em Bataguassu, que está há cerca de um ano trabalhando nos processos de implantação do projeto de irrigação .

   Vale lembrar que o estado do Mato Grosso do Sul recebeu a primeira edição do “Meu primeiro pivô” em 2015 em Naviraí, que foi o ponta pé para o início da concretização dos projetos de irrigação para a família de Lígia e Eduardo, que estão na primeira safra fazendo uso dessa tecnologia. “Tudo começou no processo de sucessão por parte da família da Lígia, minha esposa, e nesse processo nosso filho Murilo estava voltando do um estágio nos Estados Unidos, de uma Fazenda de agricultura e pecuária que era praticamente 100% irrigada e ele mostrou esse projeto pra nós, com ideia de trazer pra cá também. Ao mesmo tempo estivemos em Naviraí, no Meu Primeiro Pivô, onde conhecemos o projeto de irrigação da Copasul e Valley. Desde então, começamos esse projeto. Claro que tivemos dificuldade normais de liberação de licença, crédito, e conversando com outros produtores, percebemos que isso é um processo normal, dentro dessa burocracia do país. Hoje estamos muito satisfeitos, porque o sonho está realizado. A irrigação viabiliza para todos nós, dessa região, uma mudança econômica, que gera riquezas, emprego, oportunidade e renda para toda a comunidade em volta. Meu recado é que os produtores não desanimem, pois depois do sonho realizado, você vê o quão prazeroso é o resultado acontecendo. É a minha primeira safra do milho e faz uns vinte dias que não chove e eu estou tranquilo, pois estou irrigando, dormindo tranquilo, sem precisar olhar pro céu, a irrigação está viabilizando essa qualidade da produção”, comentou Eduardo.