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Esquadrão de Combate à Cigarrinha

Série de encontros divulga resultados do Esquadrão de Combate à Cigarrinha

20, Fev de 2023
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Projeto da Bayer e Dekalb em parceria com a cooperativa conta com a participação de 60 produtores, monitorando uma área de cerca de 100 mil hectares com mais de 120 armadilhas instaladas

Entre os dias 13 e 16 de fevereiro, a Copasul realizou uma série de encontros com produtores em Deodápolis, Maracaju, Nova Andradina e Naviraí para mostrar os resultados do Esquadrão de Combate à Cigarrinha. O projeto, que é uma iniciativa da Bayer e Dekalb lançada como piloto em 2021 no Rio Grande do Sul, passou a abranger todo o País na safra passada, incluindo Mato Grosso do Sul. Contando com a parceria da cooperativa na região sul do estado, as empresas multinacionais instalaram cerca de 120 armadilhas em propriedades rurais para monitorar a população da praga, que afetou a produtividade do milho safrinha 2022. 

"Na verdade, ela é uma ação conjunta, que nasceu dentro da Bayer há dois anos no Rio Grande do Sul, inspirada no Consórcio Antiferrugem. E a lógica é a mesma. Hoje nós mapeamos todas as regiões produtoras de milho do Brasil e, em nível estadual, em Mato Grosso do Sul, a única cooperativa que tem esse serviço de forma exclusiva pela Dekalb e Bayer é a Copasul. Então nós estamos atingindo mais de 100 mil hectares com mais de 120 armadilhas e mais de 60 produtores no programa esse ano”, resumiu o representante técnico de vendas da Dekalb Leonardo Silvestre.

De acordo com o representante técnico de vendas da Bayer, Danilo Grabski o setor já observa uma mudança para a safrinha deste ano. Depois da frustração de safra de soja 2021/22, quando o produtor deixou de fazer alguns manejos de praga por conta da baixa produtividade e relação custo x benefício ruim, para este ano o cenário é outro. Com o bom desenvolvimento das lavouras da soja, o agricultor melhorou o manejo e, desta forma, tirou pressão de pragas sobre lavouras de milho. 

De todo modo, Grabski resumiu algumas das principais recomendações repassadas aos produtores na rodada de eventos da última semana. “Desde que teve esse boom da cigarrinha, o primeiro ponto que a gente pode observar é, principalmente, o manejo do milho tiguera nas culturas subsequentes. Depois, a escolha do híbrido correto, o híbrido mais tolerante. Depois, a gente começa desde o tratamento de semente, que é fundamental nessa fase juvenil da cultura, e depois entra com as aplicações aéreas. É importante também salientar sempre a rotação de ingredientes ativos para não criar manejo de resistência e ter um controle mais efetivo”, declarou. 

Nos encontros com o produtores, cooperados, estudante e demais profissionais da área, o engenheiro agrônomo Anderson Guido, gerente técnico departamento agronômico da Copasul, fez uma palestra sobre ferramentas para controle da cigarrinha. Em seu discurso, Guido também lembrou que a pressão da cigarrinha sobre a safra de milho 2022 deixou algumas lições aos produtores rurais. “O ano passado nós demos uma atenção um pouco menor do que ela merecia e se a gente tivesse explorado um pouquinho mais, talvez a gente tivesse mudado algumas coisas. Então a gente sabe do momento (colheita da soja), mas é importante a gente entender e estar por dentro do que está acontecendo”, contextualizou. 

Em meio à sua palestra, Guido apresentou dez dicas para o controle da praga, que foram indicadas no trabalho “A cigarrinha Dalbulis maidis e os enfezamentos do milho no Brasil”, publicado na edição 182 da revista Plantio Direto. Confira as recomendações dos autores: 

1 - Elimine o milho voluntário (tiguera) e mantenha o campo sem plantas daninhas;
2 - Não semeie milho ao lado de lavouras adultas apresentando sintomas de enfezamento;
3 - Utiliza cultivares de milho com maior tolerância genética aos enfezamentos;
4 - Utilize sementes de milho certificadas e tratadas com produtos registrados;
5 - Respeite o período de semeadura do milho indicado para cada região;
6 - Monitore a presença da cigarrinha entre as fase VE e V8 e aplique os métodos de controle recomendados para reduzir ao máximo a população do vetor;
7 - Rotacione os modos de ação para evitar resistência da cigarrinha a inseticidas;
8 - Controle a qualidade da colheita e evite a perda de espigas e grãos;
9 - Transporte corretamente o milho colhido e evite a perda de grãos nas estradas;
10 - Faça rotação de cultivos e evite a semeadura sucessiva de gramíneas.

Ao todo, os quatro eventos reuniram aproximadamente 500 pessoas entre Deodápolis (dia 13/02 no hotel fazenda Recanto do Sossego), Maracaju (14/02 no Recanto Festas e Eventos), Nova Andradina (15/02 no Lions Clube) e Naviraí (16/02 no La Benetti).