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Reportagem Especial: A trajetória de Osmar Horvath

01, Fev de 2019
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 Essa matéria também pode ser acessada na última edição da Revista Copasul

 AMOR PELA AGRICULTURA E PELA FAMÍLIA, CONHEÇA A HISTÓRIA DO NOSSO COOPERADO

       Se ele começar a pensar nos problemas e desistir, ele não é um agricultor de verdade! É esse pensamento que norteia a trajetória do cooperado Osmar Horvath. Nascido em Marialva, no Paraná, mais precisamente no Distrito de São Luiz, ele completou este ano, 15 anos de atuação em Mato Grosso do Sul. Hoje, ao revisitar o passado, as recordações são de anos de muito trabalho, mas também realizações e união familiar. “Minha família sempre foi de agricultores, meu avô, pai e irmãos. Após meu pai falecer e pelo incentivo do meu irmão Luiz e de outros amigos que já estavam aqui, coloquei as malas na caminhonete e vim no ano de 2003. No Paraná não tinha mais espaço para crescer, estava muito competitivo, praticamente insustentável. Aqui são áreas maiores e novas possibilidades”.

     Atraído por novas perspectivas, ele veio desbravar a região de Naviraí. De lá para cá são 15 anos arrendando a mesma fazenda e mais cinco anos já com o contrato assinado. De um início com cerca de 302 hectares, hoje são mais de 4.743, com arrendamentos em Naviraí, Novo Horizonte do Sul e Ivinhema. Foram anos de muito trabalho e sacrifícios, principalmente pela distância da família. “Nunca tinha ficado longe da minha esposa e dos meus filhos. Aqui tive que me adaptar, não sabia nem fazer café.

  E como o início sempre é apertado, muitas vezes não conseguíamos nos ver todos os fi nais de semana”, conta Osmar. O conforto também teve que ser deixado de lado, o pernoite era no galpão, ou até ao lado do trator, quando o cansaço de um dia todo de serviço falava mais alto.

Agricultura de pai para filhos

Os filhos, Anderson e Ulisses, desde muito cedo iam para a lavoura com o pai, e o resultado é que hoje completam-se nos negócios, sendo que Ulisses fica mais ligado à atividade na lavoura, concentrando-se nas áreas de Novo Horizonte do Sul e Ivinhema e Anderson mais na parte gerencial do negócio, concentrando-se em Naviraí. “Meus dois filhos estão comigo e isso é importante porque acredito que a agricultura é uma transferência, o pai vai cansando e vai passando para os fi lhos. Mas, se não gostar não fica na atividade, tem que ter amor. Se você trabalhar só em função do dinheiro, você não fica na lavoura, pois é muita correria, mas eu diria que é delicioso, tem coisas que aborrecem, como a seca, mas é necessário conviver com isso. O que me dá mais prazer é ver a planta nascendo, ver aquela fi leira verde crescendo. Mas sempre em primeiro lugar coloquei minha família, depois os negócios”, explicou Osmar.

Expansão com os pés no chão

    Em 2009 o grupo começou a expandir e teve algumas frustrações com safras. “Passamos por momentos de apuro, mas sabíamos que fizemos investimentos de aberturas de áreas, e que iríamos ter que nos preparar para isso. Porém, não desistimos. Deixamos de viver melhor, abrimos mão de algumas coisas pensando no futuro”.

    Os anos de lavoura trouxeram experiência e sabedoria. “Sempre digo para meus funcionários e família, não vamos deixar as coisas caírem. Temos que deixar tudo equilibrado, porque se cair é pior para levantar. Quando eu pego uma terra, já falo para o proprietário, você tem que contar com três anos bons, um regular e um péssimo, sempre tem que estar prevenido, para resistir nessas horas. O agricultor tem esperança que o ano que vem sempre é melhor. Mas o agricultor verdadeiro primeiro tem que ter o pé no chão. Tem muitos aventureiros nesse ramo, que dão passos maiores do que podem”. Relacionamento com a Copasul

   Desde os primeiros anos em Naviraí, a família Horvath teve contato com a Copasul. “Eu nunca entreguei um grão de produto em outro lugar. Isso demonstra o que eu penso da Cooperativa. Tem pessoas que gosto muito na Copasul, porque quando eu precisei de ajuda eles nos deram a mão. Se hoje estamos numa situação tranquila, não vamos esquecer que se a coisa apertar eu duvido que a Copasul não vai ajudar e é por isso que não trocamos o certo pelo duvidoso. Quando é preciso criticar, eu também falo. Como já aconteceu em outras ocasiões”.

 Um amor que começou na adolescência

   Dona Lucilene e Sr. Osmar estão casados há 39 anos. E agora que estão juntos fisicamente, o difícil é ficar um dia separado. “Nós nos conhecemos lá em São Luiz, ele era meu vizinho. Morava no colégio interno, chegava aos sábado e via ele jogando futebol e começamos a paquerar, eu tinha 13 anos”, conta D. Lucilene. O amor de adolescência tornou-se um relacionamento sólido, de carinho e admiração um pelo outro. Ela era uma “moça da cidade”, e Sr. Osmar trabalhava desde cedo na lavoura, ajudando a família. Mas as diferenças nunca foram impendimentos para essa história.

  “O Osmar é uma rocha, ele é o nosso alicerce. Sempre que as coisas estavam mal ele olhava para mim e falava, calma bem, nós vamos vencer”, disse a esposa. Que foi completada pelo marido. “Ela é que põe o joelho no chão, é uma mulher de muita fé. É por isso que estamos aqui, tivemos muitas adversidades, mas com união, conseguimos vencer. Nossa meta é dar uma grande festa de Bodas de Ouro.” Nas horas de lazer, Sr. Osmar gosta de jogar uma sinuquinha e pescar. Hoje, fi lhos e esposa trabalham com ele, não só no campo, mas na parte administrativa dos negócios. “Se eu fosse começar hoje na agricultura, acho que não faria, mas tenho meus sucessores, que tenho a certeza que vão tocar bem. E quando nasce um neto dá um novo fôlego, tudo começa a ganhar importância novamente”, completa Sr. Osmar, que tem quatro netos e uma neta.